quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Município de Alcantil tem casos confirmados de Microcefalia

A Secretaria de Estado da Saúde notificou, até 28 de novembro, 248 casos suspeitos de microcefalia, distribuídos em 52 municípios […]

A Secretaria de Estado da Saúde notificou, até 28 de novembro, 248 casos suspeitos de microcefalia, distribuídos em 52 municípios paraibanos. De acordo com o Boletim Epidemiológico, João Pessoa se mantém como o município com maior número de casos suspeitos, num total de 125, o que representa 50,4% dos casos, sendo também o que mais revisou prontuários, realizando busca ativa retrospectiva nos atendimentos das maternidades públicas.

Segundo o tipo de detecção, 91% das notificações foram de recém-nascidos, que se enquadraram na definição de caso suspeito, e as demais foram de gestantes, cujos fetos tiveram seus diagnósticos através de exames de ultrassonografia. Todos os casos estão sendo investigados pelas Secretariais Municipais de Saúde, com apoio da SES.

Além de João Pessoa, também foram notificados 12 casos no Conde, 10 casos em Alhandra, nove casos no município de Sapé, oito casos em Caaporã, oito em Pitimbu, seis em Bayeux, Monteiro e Santa Rita (cada), cinco casos notificados em Pedras de Fogo e três em Rio Tinto. Foram notificados dois casos suspeitos nos municípios de Alcantil, Cabedelo, Cacimba de Dentro, Capim, Itabaiana, Juripiranga, Mamanguape, Salgado de São Félix e São Miguel de Taipu. Com um (01) caso suspeito de microcefalia notificado estão 32 cidades paraibanas, entre elas Campina Grande, Lucena e Guarabira.

“A maioria dessas notificações foi realizada com base apenas na medida do perímetro cefálico (PC) igual ou inferior a 33 cm, independentemente da mãe relatar ou não sinais ou sintomas de doenças infecciosas durante a gravidez e de exames complementares. Portanto, trata-se de uma triagem de crianças nascidas a partir de 1º de agosto, que se enquadram na definição de caso suspeito, a fim de possibilitar o desencadeamento da investigação e, com isso, concluir um diagnóstico final de confirmação ou descarte de malformação congênita, conforme protocolo clínico do Ministério da Saúde”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.

O Ministério da Saúde confirmou no sábado (28) a relação entre o Zika vírus e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do MS em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascido no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos foi identificada a presença do Zika vírus.


A Secretaria de Estado da Saúde, em consonância com Ministério da Saúde, orienta:
Às gestantes:

1. Terem a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;

2. Não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;

3. Não utilizarem medicamentos sem a orientação médica;

4. Adotarem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirada de recipientes que tenham água parada e cobertura adequada de locais de armazenamento de água);

5. Protegerem-se de mosquitos, adotando medidas como manutenção de portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida e utilização de repelentes indicados para gestantes;

6. A utilização do repelente tópico, considerando a possível relação entre o Zika vírus e os casos de microcefalia diagnosticados no país. “Estudos disponíveis na literatura, conduzidos em gestantes durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação e em animais durante o primeiro trimestre, indicam que o uso tópico de repelentes a base de DEET por gestantes não apresenta riscos”, diz Renata Nóbrega.

Aos gestores e profissionais de saúde:

1. O registro dos casos identificados de microcefalia, que se enquadram na definição de caso, deve ser realizado oportunamente, no formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública referente às microcefalias neste endereço.

2. Todos os casos notificados, que cumprirem a definição de caso suspeito de microcefalia, deverão ser investigados para identificação oportuna da ocorrência de alteração do padrão de microcefalia em nascidos vivos no estado;

3. A notificação imediata no RESP não isenta o profissional ou serviço de saúde de realizar o registro dessa notificação no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), por meio da Declaração de Nascido Vivo (DNV);

4. O atendimento das crianças que nasceram com microcefalia vem sendo realizado nos serviços de saúde da Rede de Atenção do Sistema Único de Saúde (SUS).

Quanto ao uso de repelentes ambientais, a utilização correta dos saneantes regularizados na Anvisa submete a população apenas aos riscos ambientais ocasionados pelo possível contato com as substâncias químicas presentes nas formulações. Tais riscos estão devidamente gerenciados pelas avaliações físicoquímicas e toxicológicas que a Anvisa faz para a aprovação de princípios ativos e produtos formulados. Cabe destacar que esses produtos não devem ser indicados ou utilizados diretamente em seres humanos, mas em superfícies inanimadas e/ou ambientes, seguindo sempre, com atenção, as orientações do fabricante.

Fonte: Portal Correio


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